Na reunião realizada no dia 20 de janeiro os coordenadores do PIBID nos passaram orientações para realização de um trabalho sobre o filme brasileiro Xingu. O trabalho foi realizado em duplas e e produzi o meu com Almírista Silva. A proposta foi que reparássemos nas cenas em que houve o "encontro com o outro" nas imagens, falas e sons durante o filme.
Abordagem Etnográfica - Filme Xingu
Contexto:
O filme se passa durante uma expedição pelo rio Xingu, no movimento que ficou conhecido como “Marcha para o Oeste ``, projeto promovido pelo governo de Getúlio Vargas durante o Estado Novo com o objetivo de desenvolver e integrar as regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. Houve no município de Xavantina, no Mato Grosso, a contratação de homens pobres que tivessem pouca instrução e fossem experientes no trabalho no campo para realizar algumas tarefas durante a expedição, seus objetivos eram basicamente penetrar as terras do Brasil central, construir pontos de pouso e tomar posse. Em um período marcado pela forte repressão de ideias e propaganda política (por isso vemos ao longo do filme diversas imagens de jornais anunciando cada acontecimento) toda essa movimentação tinha o objetivo de trazer desenvolvimento econômico para essas regiões pouco habitadas, através da construção de estradas e pontos de pouso que fariam com que a produção agrária chegasse às regiões litorâneas, o que consequentemente traria muito lucro para o governo e prejuízos para os povos que ali já habitavam.
Desenvolvimento:
O filme Xingu, ao apresentar a trajetória dos irmãos Villas-Bôas nessa luta pela preservação da cultura e vida dos povos indígenas, revela as consequências da busca por um progresso que não respeita o ser humano. Podemos ver como a chegada dos brancos, ainda que amistosa, contribuiu para a dizimação dos povos indígenas, e ao longo do filme isso vai sendo agravado cada vez mais.