Na última reunião de 2020, ficou acordado que leríamos "O filho de mil homens", livro do escritor Valter Mãe. A partir disso surgiu uma discussão muito relevante a respeito da literatura, importância dos livros e o papel do leitor. Destaco abaixo alguns dos tópicos abordados que mais me chamaram atenção.
De fato concordo com a afirmação feita acima, muitas vezes ficamos limitados a considerar apenas os clássicos e muitos estudantes se frustram por não gostar ou não entender o conteúdo, por isso, acabam acreditando que a literatura não é para eles ou que livros não são bons. Quando na verdade, a literatura é um universo repleto de possibilidades e há tantos livros incríveis que é impossível não se identificar ou não gostar de nenhum. A canonização é também prejudicial para outros escritores, que são muitas vezes esquecidos ou diminuídos. Vários nomes foram praticamente apagados da histórias, escritores conterrâneos de Machado de Assis, José de Alencar ou Lima Barreto, por exemplo, são pouco valorizados e suas obras nunca estiveram entre as leituras obrigatórias em listas de vestibulares. "Não podemos deixar que a parte mais importante da literatura se perca, a contemporânea."
Precisamos buscar novos escritores, novas obras. Assim, a literatura fará sentido em nossas vidas, assim o aluno se identificará, assim ressuscitaremos a literatura.
É preciso reconstruir caminhos para trabalhar leitura e escrita nas escolas. Ao ressignificar esses processos criaremos leitores críticos, alunos que saberão o por quê e para quê estão lendo tal livro. Ele deve sair diferente da leitura, "pode até não gostar da obra, mas não pode não gostar a toa."